Pensadores na Educação: Paulo Freire e a educação para mudar o mundo
Paulo Freire, o mentor da Educação para a consciência
O mais célebre educador brasileiro, autor da "Pedagogia do Oprimido", defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo
Tornar o aluno capaz de ler o mundo para poder transformá-lo, esse é o principal papel da educação na visão de Paulo Freire (1921-1997). Em uma experiência na alfabetização de adultos em Angicos (RN), em 1963, o educador pernambucano teve a oportunidade de colocar suas ideias em prática pela primeira vez. Surgia assim o famoso método Paulo Freire.
Nascimento: 19 de setembro de 1921, Recife, Pernambuco
Falecimento: 2 de maio de 1997, São Paulo, São Paulo
Reconhecido internacionalmente (29 títulos de “doutor honoris causa” lhe foram concedidos por universidades da Europa e América), Paulo Freire continua extremamente atual. A leitura de sua obra permite amadurecer conceitos como a necessidade de uma educação praticada a partir de uma perspectiva crítica e autônoma para a formação de sujeitos capazes de transformar politico e socialmente suas realidades.
Ante a atual urgência de resgatar e defender estes preceitos, o Centro de Referências em Educação Integral elaborou a lista abaixo: um guia definitivo para download gratuito de sua bibliografia para educadores e demais interessados no tema. Confira:
Nesta obra, Paulo Freire se vale da oralidade para tratar de liberdade, democracia e justiça. Para ele, a palavra pode deixar de ser o veículo das ideologias alienantes para tornar-se o instrumento de uma transformação do homem e da sociedade.
Talvez sua obra mais célebre, a Pedagogia do Oprimido propõe uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante, e sociedade. O livro é considerado um dos pilares da pedagogia crítica e analisa a relação de “colonizador” e “colonizado”.
Resultado do registro do primeiro ano de trabalho de Paulo Freire na elaboração de um modelo de alfabetização de adultos no país africano de Guiné-Bissau, na ocasião recém-independente.
A obra investiga a questão da leitura e da escrita aliando duas perspectivas: a da luta política e a da compreensão científica do tema.
A publicação destes escritos se dá no momento do retorno de Paulo Freire ao país. Trata-se de uma obra crítica ao falso dilema ‘humanismo X tecnologia’.
Inquietudes e as últimas consequências que o processo da conscientização traz consigo são os assuntos explorados neste livro da obra freiriana.
A natureza assistencialista, autoritária e paternalista de nossas relações sociais e da educação ‘inautêntica’ que predomina no sistema educacional ‘bancário’ do Brasil entoam essa obra.
Obra conjunta com Antonio Faundez, outra referência da ideologia libertária, Por uma pedagogia da pergunta traz um diálogo sobre como produzir um saber dinâmico, que “se indaga” constantemente.
Escrito em 1992, faz uma reflexão sobre Pedagogia do oprimido, publicado em 1968, durante o seu exílio no Chile. Nesse diálogo, analisa suas experiências pedagógicas em quase três décadas.
Composto por cartas escritas pouco antes de seu falecimento, em maio de 1997, o livro foi organizado por sua esposa Ana Maria de Araújo Freire a partir das cartas deixadas pelo autor.
Freire retoma algumas ideias, anteriormente expostas em sua tese, e apresenta um relatório de administração do Professor João Alfredo Gonçalves da Costa Lima quando Reitor da Universidade do Recife.
Aborda os mais diferentes aspectos da realidade brasileira com o olhar de quem luta por uma mudança profunda e crítica do mundo. Reúne textos escritos entre 1968 e 1974.
O texto faz coro sobre a necessidade de valorização docente, enfatizando práticas que representam uma forma de resistência do professor.
Crítico ao neoliberalismo, mostra como esta nova compreensão do mundo é ideológica justamente por proclamar que não há mais ideologias nem história.
Expõe sua concepção da relação entre educadores e educandos. Além disso, elabora propostas de práticas pedagógicas, orientadas por uma ética universal.
Fruto de encontros com educadores de rua, este livro congrega caminhos possíveis para mudar a condição de marginalizados dos educandos de rua.
Obra escrita no Chile, em 1968, quando Freire se encontrava exilado. Analisa o problema da comunicação entre o técnico e o camponês no processo de desenvolvimento de uma nova sociedade agrária.
Os autores Paulo Freire e Ira Shor se debruçam sobre as angústias do professor na experimentação da pedagogia do diálogo e sobre as implicações trazidas por esta mudança de atitude.
A partir de suas experiências pedagógicas no Brasil e mundo afora, os três educadores – Paulo Freire, Moacir Gadotti e Sérgio Guimarães – respondem perguntas que todos fazem sobre a educação brasileira.
Coletânea de onze textos redigidos em 1992, Política e Educação apresenta discussões que protagonizou em seminários no Brasil e em outros países.
O diálogo é o fio condutor deste livro. Nele, Paulo Freire e Adriano Nogueira dissecam o conceito de educação popular e como este se relaciona com a transformação da sociedade.
A necessidade de uma educação que liberte a partir da conscientização e de métodos educativos ativos é detalhadamente exposta nesta publicação.
A formação religiosa que recebeu no seio de sua família é o ponto de partida para o educador refletir sobre suas ideias e a forma como se relaciona com a diversidade da vida.
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