Educação Patrimonial e Artística (EPA)
Educação Patrimonial e Artística (EPA)
O que é
O projeto Educação
Patrimonial e Artística (EPA), desenvolvido na rede estadual de ensino desde
2012. Trata-se de experiências em políticas culturais com a juventude
estudantil, para avivar o debate e incrementar as práticas culturais nos campos
da história, da arte, do patrimônio, da juventude e da democratização desses
saberes e dos espaços históricos, com vistas à identificação do patrimônio
baiano, a preservação da memória cultural e a apropriação do conhecimento da
história cultural baiana. A partir do EPA, pretende-se incrementar o
desenvolvimento de ações essenciais para o exercício do direito à cultura, para
a defesa dos valores históricos, artísticos e estéticos, para a formação de uma
nova mentalidade cultural.
A compreensão do
patrimônio cultural possibilita o entendimento do tempo passado, presente e
futuro; dos homens, da nação e do mundo da vida, permitindo uma definição ou
escolhas das experiências significativas – os acontecimentos culturais
relevantes, os monumentos, os lugares (a escola, a casa, o bairro, a praça, a
rua, a cidade, o estado, o país, o universo), as paisagens, os personagens, as
artes, as canções, as danças ... – que devem se constituir como parte de nossa
memória (história cultural), entendida como meio de pensar e viver a vida
presente. A educação patrimonial permite-nos o conhecimento de si, do outro e
do mundo, assim como a “valorização” do patrimônio histórico e artístico e das
manifestações culturais. Sendo assim, ele nos possibilita, ainda, entender os
problemas e as belezas de nossa sociedade, a nossa experiência cotidiana
individual e social.
Objetivos
·
Entender
que a educação não pode estar dissociada da história, da memória, da cultura e
do seu patrimônio que estão intrinsecamente associados à experiência da vida
cultural e educativa.
·
Estabelecer
os elos com o nosso tempo, a história e a cultura, os lugares e as interações
entre os indivíduos e as gerações, possibilitando a compreensão das questões
ligadas ao pertencimento, às distintas expressões da diversidade estética e das
identidades e manifestações culturais.
·
Identificar
o patrimônio como uma das possibilidades de interpretação de nossa história
cultural.
·
Entender
a dimensão patrimonial como prática cultural possibilita uma compreensão dos
tipos de patrimônio e dos seus múltiplos sentidos e significados.
·
Compreender
a importância das diferentes linguagens artísticas para o entendimento das
experiências cotidianas e, portanto, das práticas e aventuras patrimoniais e culturais.
·
Aprimorar
a estética do olhar, por meio da fotografia e de imagens, para o exercício das
formas de percepção da vida cultural que nos rodeia e dos distintos tipos de patrimônios
culturais.
·
Entender
as distintas linguagens artísticas (visual, fílmica, literária, musical,
coreográfica, entre outras) como parte do nosso patrimônio cultural.
·
Vivenciar a
experiência do belo e do lúdico nas escolas estaduais e na sociedade baiana.
·
Garantir a
apropriação do conhecimento histórico e do patrimônio cultural.
Operacionalização
O EPA ocorre em 3 fases:
1) as aventuras patrimoniais, sob a forma de gincanas escolares, para a “caça”
aos distintos tipos de patrimônio nos diversos contextos. Essa é a fase mais
importante, onde o princípio primordial é a prática da pesquisa escolar no campo
patrimonial, sendo o universo estudantil o ponto de partida para a
identificação dos sentidos e significados atribuídos aos distintos patrimônios
(a escola, a rua, os becos, o casario, a fonte, o bairro, as matas, as águas, o
município e, em especial, a sua gente, os animais), utilizando-se da
fotografia, da argumentação lógica, das experiências vividas e das histórias de
vida das distintas gerações como técnica para o exercício da apreensão deste
universo material e simbólico; 2) apresentações das aventuras patrimoniais nos
27 NTE, com a exposição dos álbuns com registros e diagnósticos dos olhares
fotográficos sobre o patrimônio artístico e cultural baiano; 3) a realização da
Mostra do EPA no 6º Encontro Estudantil da Rede Estadual: ciência, arte, esporte
e cultura, na cidade de Salvador, com a participação das equipes dos estudantes
e seus álbuns patrimoniais selecionados nos 27 Núcleos Territoriais de
Educação.
Para a sua realização,
faz-se necessário o desenvolvimento das seguintes ações e estratégias em suas
distintas instâncias:
1.
Cursos formativos para apreensão das noções patrimoniais e de fotografia,
visando revitalizar as ações dos professores, coordenadores e estudantes, para
atuarem no projeto EPA. Os referidos cursos objetivam a socialização e difusão
dos conhecimentos históricos e culturais.
2.
A difusão do projeto e a sensibilização nas escolas são imprescindíveis
para a adesão ao EPA e a socialização das práticas de identificação e de
preservação patrimonial, sob a ótica estudantil, como eixo estruturante no
processo educativo, para a formação de nova mentalidade cultural.
3.
As oficinas com leituras e noções patrimoniais e fotográficas, assim como
a visitação dos patrimônios para estimular a busca e o levantamento dos
distintos patrimônios, com o objetivo de apreensão e a democratização dos
saberes culturais de cada localidade.
4.
A instituição da comissão organizadora e da comissão julgadora nas
escolas; a constituição das equipes estudantis de “caça-patrimônios”; a
realização dessas aventuras patrimoniais, sob a forma de gincanas escolares; a
criação de álbum com as fotografias selecionadas e a pesquisa
coletada em campo (máximo 10 páginas com
imagens e textos, totalizando 20
laudas); a seleção do álbum que representará a escola nas territoriais; a
inscrição do mesmo nos Núcleos Territoriais de Educação (NTE).
5.
A instituição da comissão organizadora e julgadora nos NTE, a pré-seleção
dos álbuns patrimoniais, a apresentação/exposição das Aventuras Patrimoniais
nos NTE, a seleção desses álbuns nas mostras territoriais, e, posteriormente, a
inscrição do álbum selecionado na Secretaria da Educação, em conformidade com
as orientações sobre o quantitativo de álbuns por NTE, conforme gráfico.
6.
Na etapa no órgão central, a Mostra do EPA não possui caráter
classificatório e/ou eliminatório.
7.
Nas distintas fases, somente poderão participar do Projeto Educação
Patrimonial e Artística, os estudantes matriculados da rede pública estadual
que estejam cursando do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio
e equivalentes (Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Profissional,
entre outros).
8.
As Aventuras Patrimoniais são organizadas pelo grupo de estudantes,
composto de até 05 (cinco) componentes. Os professores podem contribuir para
aprimorar, mas a liberdade de criação e participação compete apenas aos estudantes.
9.
É de responsabilidade dos NTE a garantia das condições de
operacionalização dos Encontros Territoriais, tendo em vista que cabe ao órgão
central apenas a descentralização dos recursos, com base no plano de ação aprovado.
10.
Não será possível a substituição de estudantes em caso de ausência de
algum componente.
11.
Os Núcleos Territoriais devem enviar, por meio dos professores
articuladores dos projetos artísticos, o relatório das atividades realizadas
pelas escolas (número de escolas, estudantes envolvidos e quantidade de álbuns
por escolas) para a Secretaria da Educação; assim como das atividades
desenvolvidas nas mostras territoriais.
12. Para as inscrições nas fases, escolar, territorial e estadual, deverão ser apresentados os
seguintes documentos:
a.
Ficha de
inscrição do estudante.
b.
Ficha de
inscrição da equipe.
c.
02 (duas) vias do Termo de autorização dos pais ou responsáveis para menores de idade (em caso de menores
de 18 anos).
d.
02 (duas)
cópias do RG do estudante e 2 (duas) cópias do RG do responsável.
e.
Termo de
responsabilidade autoral (individual).
f.
Termo de
autorização para uso da obra, imagem e voz (individual).
g.
Comprovante
de matrícula ou atestado de escolaridade (atualizado, assinado e carimbado pelo
(a) gestor (a) escolar).
h.
Enviar o
álbum do EPA (quantidade descrita no gráfico).
i.
03 (três) cópias de CD com fotos e arquivo da obra (álbum) no formato DOC (Word).
As fichas e termos devidamente
atualizados deverão seguir, necessariamente, o padrão estabelecido e de acordo
com a identidade visual das marcas dos Projetos Artísticos, EPA, Educar para
Transformar e Secretaria da Educação.
13.
A premiação na fase escolar e territorial deverá obedecer a natureza do
projeto e os recursos descentralizados. Já na fase estadual, a premiação será
uma câmera fotográfica para cada obra premiada, num total de 29 premiações.
14.
Solicita-se, ainda, cautela na escolha dos materiais utilizados nas obras
de arte, pois é necessário evitar os problemas relacionados à fragilidade e a
degradação em função da utilização de materiais que não resistem a
temporalidade e aos percalços do trajeto das
mesmas.
15.
As fotografias deverão ser inéditas e produzidas pelos estudantes. Caso
seja utilizada alguma foto histórica é necessário registro informando a fonte,
a autorização e/ou referência ao Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br).
16.
As equipes de articuladores dos projetos artísticos de cada NTE deverão
ser constituídas de professores efetivos das seguintes áreas de conhecimento
(Arte, Língua Portuguesa e Humanas). Tais professores devem ter afinidade com
os projetos artísticos, interesse, compromisso, disposição de tempo e
competência, também, para lidar com as questões de juventude.
São atribuições desses
professores a apropriação e a difusão dos saberes artísticos e culturais,
participando das distintas fases de desenvolvimento dos projetos, desde os
processos formativos às culminâncias escolares, territoriais e estadual, bem
como a operacionalização dos processos que envolvem todas as fases, durante o
ano letivo. Em cada fase, faz-se necessária a elaboração do plano de ação das
culminâncias escolares e territoriais, a realização das atividades, os
orçamentos e a sistematização dos relatórios, que competem, ainda, aos
articuladores, juntamente aos coordenadores e diretores dos NTE.
Cada NTE deverá propiciar
o acompanhamento dos estudantes, com um professor responsável pela atenção aos
mesmos e aos procedimentos (cursos preparatórios, participação em eventos,
traslados, prestação de contas, devolução de passagens) que envolvem esse
acompanhamento.
17.
Serão desclassificados os estudantes e/ou equipes que não apresentarem as
condições requeridas neste documento e em conformidade com o cronograma pré-
estabelecido pela Secretaria da Educação. Serão desclassificadas, ainda,
na fase
estadual, as equipes em que os NTE
não consigam se responsabilizar pela garantia das condições de deslocamento dos
estudantes
18.
A culminância estadual do EPA acontecerá no 6º Encontro Estudantil da
Rede Estadual: ciência, arte, esporte e cultura, conforme expresso no
cronograma dos projetos estruturantes.
19.
Todo contato com o órgão central deve ser mantido por meio de
ofício, email institucional ou correios.
Recursos
Humanos
|
Recursos
Materiais
|
·
100
professores, sendo 5 de cada NTE.
·
05 professores especialistas em patrimônio e fotografia para o curso de
formação dos professores organizadores dos projetos na rede.
·
05 jurados para
as pré-seleções (territorial).
·
07 jurados para
as culminâncias (territorial).
·
05 professores especialistas em patrimônio e fotografia para o curso
preparatório dos estudantes finalistas do
EPA.
·
1 artista convidado.
·
05 monitores
para o acompanhamento dos finalistas.
|
·
Descentralização de recursos para as escolas e para os NTE (aquisição
de materiais diversos).
·
Serviços de produção para as culminâncias territoriais e estadual.
·
Passagens e hospedagens para curso de formação, curso preparatório e
para as culminâncias.
·
Espaços para a realização das Aventuras Patrimoniais (escolas, centros
de cultura, teatros, museus, tendas, praças,
etc.).
|
Público-alvo
O projeto EPA é
desenvolvido nas escolas exclusivamente para os estudantes do 6º ano do Ensino
Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e equivalentes (Educação de Jovens e
Adultos (EJA) e Educação Profissional). Envolvem, na condição de orientadores,
os professores de História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Arte, Língua
Portuguesa e Literatura, os artistas locais, os NTE e técnicos da Secretaria da
Educação.
Adesão
As escolas deverão enviar
os termos de adesão ao NTE, estas devem encaminhar, por e-mail, a relação das
escolas de sua jurisprudência que irá desenvolver o distinto projeto cultural,
com as informações necessárias para a descentralização de recursos (nome da
escola, município, código do MEC e os nomes dos projetos) e, posteriormente,
encaminhar os referidos termos por malote ou sedex, assim como os relatórios
com os dados referentes à implantação do projeto e a produção artística
estudantil, para a Secretaria da Educação. Os NTE devem encaminhar os
relatórios com os dados sobre a execução da produção artística nas escolas e a
realização da etapa territorial.
No que tange aos direitos
autorais, a obra de arte (patrimonial) estudantil é de domínio da Secretaria da
Educação do Estado da Bahia, o uso da obra, imagem e voz, podendo a mesma ser
transmitida e reexibida em qualquer tempo pelos meios de comunicação dessa
Secretaria e de outras instituições governamentais, em publicações, TV,
internet e em outras mídias e tecnologias (CD, DVD, MD).
Distribuição de escolas por NTE x projetos artísticos: EPA
Contatos da equipe dos Projetos
Artísticos e culturais
na Rede
Educação Patrimonial e Artística (EPA)
Superintendência de Políticas para
a Educação Básica
– SUPED Diretoria de Currículo e Inovações
Pedagógicas - DIRC Coordenação de Projetos Intersetoriais - CPI
Coordenadora: Maria Ivanilde Ferreira
Nobre
E-mail: mariaivanilde.nobre@educacao.ba.gov.br, erida.santos@educacao.ba.gov.br, elainesouza.silva@educacao.ba.gov.br, francine.torres@educacao.ba.gov.br, lenildes.moreira@educacao.ba.gov.br,
lorena.lisboa@educacao.ba.gov.br,
nadjane.moraes@educacao.ba.gov.br,
sandra.xavier@educacao.ba.gov.br
Tel.: (71) 3115-9004