OFICINA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO PROEMI CEEB 2015

OFICINA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA  
DO PROEMI  CEEB 2015
PROFESSORA: ELAINE SALES
APOIO: PIBID DE QUÍMICA

Fundamentação Teórica




 Pesquisas apontam que muitos dos estudantes ao chegarem na universidade, apresentam grandes dificuldades relacionadas a realização da pesquisa, em detrimento a falta de uma base teórica (NEUENFELDT et al. 2011; QUADROS, 2007; KARLMEYER-MERTENS et al. 2007), a qual pode ser trabalhada inicialmente, quando estes estudantes ainda encontram-se na educação básica. Os professores que atuam nas disciplinas de iniciação à pesquisa sentem dificuldade em relação à compreensão de pesquisa que os alunos trazem do Ensino Médio (NEUENFELDT et al, 2011, p. 292). O ato de pesquisar é algo presente no ensino médio há muito tempo, mas a pesquisa realizada na escola não é a mesma realizada no ensino superior. Desde 1986, o Programa de Vocação Científica (Provoc) traz a pesquisa acadêmica para as escolas de ensino médio no Brasil e desde então, de acordo com Ferreira (2003), torna-se evidente que existe atualmente, no país, uma grande expectativa em relação ao processo de formação cientifica do aluno que cursa o ensino médio. De acordo com essa questão, Ferreira (2003, p.117), diz que: A ampla e abrangente participação de pesquisadores de renomadas instituições científicas, como orientadores de iniciação científica de jovens que ainda nem sequer fizeram suas escolhas profissionais, tem sido fundamental para discutir a superação de modelos arcaicos de formação.

 Além disso, percebemos que esta discussão não deve estar dissociada da História da Ciência, em especial as discussões que se fazem acerca da Natureza da Ciência, que ultimamente tem ganhado espaço no contexto pedagógico e tem-se tornado mais frequente a utilização de tal abordagem nos diversos níveis de ensino. Para Martins (2006, p.1): “A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS nos apresenta uma visão a respeito da natureza da pesquisa e do desenvolvimento científico que não costumamos encontrar no estudo didático dos resultados científicos (conforme apresentados nos livros-texto de todos os níveis). Os livros científicos didáticos enfatizam os resultados aos quais a ciência chegou – as teorias e conceitos que aceitamos, as técnicas de análise que utilizamos – mas não costumam apresentar alguns outros aspectos da ciência. De que modo as teorias e os conceitos se desenvolvem? Como os cientistas trabalham? Quais as ideias que não aceitamos hoje em dia e que eram aceitas no passado? Quais as relações entre ciência, filosofia e religião? Qual a relação entre o desenvolvimento do pensamento científico e outros desenvolvimentos históricos que ocorreram na mesma época?”
Neste sentido, percebemos que a utilização de abordagens históricas é um importante meio de despertar no aluno o interesse pela pesquisa científica, uma vez que esta proporcionará uma visão critico-reflexiva da e sobre a ciência. Neste aspecto Martins (2006, p.2) menciona: “O estudo adequado de alguns episódios históricos também permite perceber o processo social (coletivo) e gradativo de construção do conhecimento, permitindo formar uma visão mais concreta e correta da real natureza da ciência, seus procedimentos e suas limitações – o que contribui para a formação de um espírito crítico e desmitificação do conhecimento científico, sem no entanto negar seu valor. A ciência não brota pronta, na cabeça de “grandes gênios”.” 3.
Metodologia

Este trabalho é de natureza qualitativa, especificamente trata de um relato de experiência, realizado na Escola Estadual de Ensino Médio, que aderiu ao Ensino Médio Inovador proposto pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), a escola é também vinculada ao Subprojeto de Física do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da UFRB. Para este estudo realizamos intervenções didáticas em duas turmas do segundo ano da escola mencionada, com base em uma proposta de curso de Iniciação Científica elaborada por um grupo de bolsistas desse subprojeto.
















































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